Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a depressão não se apresenta necessariamente como tristeza e angústia, mas na maioria das vezes como falta de energia e motivação, às quais muitos consideram ser “preguiça”.
Ou então um mal humor crônico e irritabilidade.
Mas é claro que também existe a depressão clássica, com sintomas como tristeza, angústia, preocupações imotivadas ou exageradas, falta de energia, falta de motivação, isolamento social (a pessoa prefere ficar em casa, de preferência no quarto, a ter contato com outras pessoas), anedonia (falta de prazer por atividades antes prazerosas, como sair com amigos, trabalhar, assistir televisão ou, principalmente, ouvir música).
Às vezes o luto pode se transformar em depressão, quando dura mais de 6 meses ou suas características se tornam desproporcionais, ainda que antes desse tempo.
Outras vezes ocorre de a depressão ser sintoma de uma fase do transtorno bipolar, e nesse caso o risco é ela ser tratada com antidepressivos, sem estabilizadores do humor, e agravar em muito o próprio transtorno bipolar, que já é uma doença bastante complexa. Ou quando o paciente apresenta depressão, porém com uma história familiar próxima de bipolaridade, e não é feita a prevenção com estabilizadores do humor, causando o risco de desencadear um transtorno para o qual o paciente estava predisposto porém poderia passar toda a vida sem manifestá-lo.
Transtorno do humor bipolar poderia ser chamado de transtorno polimórfico do humor.
Isto porque, ao contrário do que se imagina, seu quadro não é de oscilação entre fases depressivas e outras de mania ou euforia.
Na verdade, essa ideia confunde a maioria das pessoas, inclusive profissionais da saúde e mesmo psiquiatras que não lidam com a bipolaridade no seu dia a dia.
Mas por que o termo transtorno polimórfico do humor?
Porque a bipolaridade se apresenta na forma de quadros muito variados ao longo do tempo.
O paciente costuma apresentar períodos, de depressão, outros de ansiedade intensa generalizada, ou mesmo fobias, hipocondria ou crises de pânico.
Em outros períodos apresenta irritabilidade e explosividade, ou ainda aceleração do pensamento ou hiperatividade, podendo ainda manifestar compulsões e obsessões, bem como paranoias e até alucinações.
Observe que o bipolar pode apresentar sintomas dos mais diferentes transtornos psiquiátricos.
Por isso seu diagnóstico é tão complexo.
O paciente pode passar anos migrando de um profissional para outro e receber os mais variados diagnósticos, até encontrar um psiquiatra que conheça a fundo o transtorno bipolar e faça um diagnóstico mais acertado.
Um expert em bipolaridade sabe que o diagnóstico se dá prioritariamente pela história familiar e por características pessoais do paciente, pois os sintomas nem sempre assinalam a doença.
Chamamos de ansiedade a um grupo de transtornos que possuem alguns sintomas em comum.
A ansiedade costuma iniciar na infância ou início da adolescência.
Existem vários tipos de transtornos de ansiedade. Os mais comuns são:
Os transtornos de ansiedade são de difícil controle, e podem ser incapacitantes, pois se a pessoa não se tratar, ela poderá chegar ao ponto de não conseguir nem sair de casa. Mas a medicação é excelente para tirar o paciente da crise.
É importante saber que ansiedade não é fraqueza de espírito, e sim doença neuro-hormonal, dos hormônios cerebrais.
Seu tratamento na maioria das vezes é feito com medicamentos que equilibram essas substâncias químicas do cérebro, os neurotransmissores.
O TDAH ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma doença que surge na infância mas costuma ser observado apenas quando as demandas escolares aumentam, ou seja, em torno do nono ano, quando o número e a complexidade das disciplinas escolares aumenta e a criança passa a ser mais cobrada.
A criança pode ser vítima de bullying por viver no mundo da lua, pode sentir-se humilhada e fracassada por não conseguir atingir as notas dentro da média como a maioria dos seus colegas, e pode inclusive se desestimular com relação aos estudos, abandonando a escola, podendo entrar no mundo do álcool e das drogas.
Na grande maioria das vezes esse transtorno perdura na vida adulta, mas muitas vezes dá a impressão de que ele desapareceu, porque a pessoa aprende a lidar com os sintomas e conviver com a doença.
Ainda assim ela causa ao adulto muito sofrimento, devido à dificuldade em manter um emprego, realizar seus objetivos profissionais, se concentrar nos estudos a fim de passar em um concurso, sentimento de incompetência pois se vê sempre iniciando e abandonando seus projetos, baixa autoestima e até ansiedade e depressão.
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